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01 Rock Liviao
03:22
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Rock Liviao
Já vam apagando-se as estrelas
no fundo do poço do sentimento,
e caminho aldraxado entre elas
sonhando sempre, a cada momento,
mas, dói-me o alento de lembrar
a vermelha inqueda paixom
diste meu liviao de marrao.
A que sabiam os teus beijos
na alcova dos ventrículos
mortos e esganados polo amor?
Deixemos ti e mais eu outra volta
que se perdam os nossos cabelos
entre tremosas maos e que o tacto
da suor nos leve cara lenes sussurros,
pois na alvorada dos sentimentos
ainda estamos a tempo de ouvir
as antigas fervenças do amor
e voltar loitar polos velhos tempos.
Diste meu liviao de marrao!
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2. |
02 Garabatos
04:36
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Garabatos
Estacas com arume e pinhas
mexem-se na corda do vento
num invernal baile de salom vienês.
Pinheiros. Vara verde estrapolada
das montanhas aos bacelos,
fungueiros e estadulhos sempre vivos.
Guizos. Garabatos.
Verde. Verde esperança.
Corpo. Corpo cansado.
Cabeça. Cabeça quadrada.
E o que sinto, penso e creio
som, para a maioria, garabatos.
Bailemos um vals,
ou dous se som pequenos
e plantemos um pinheiro
na horta da tribo urbana
dos engravatados “pollitos bien”.
O leite, as vacas,
os rios e o sol
os gandeiros e as leiras
para ti senhor.
Senhor banco benefactor,
senhor Estado espanhol dador de vida
centralismo todopoderoso
e com isto da movida
re-movida
hai-che muito PePé
yes-yes;
aqui nom passa nada,
a liga esta ganada.
Baby Espanha
sayonara, sayonara!
Wellcome to Galiza
dumping, Prestige e marihuana!
Garabatos, grabatos,
hai-che muitos maragatos;
eucaliptos, eucaliptos,
som-che muitos eucaliptos;
o sacho para os pobres,
os quartos para os ricos.
Welcome to Galiza
dumping, Prestige e marihuana!
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3. |
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Narco-Corrido ribeirao
Na província de Lugo
no partido de Chantada
celebrou-se umha festa
que se converteu em batalha.
Havia um americano
que era do Ervedeiro
e a todos aconselhava
que deviam fazer paz.
Uns moços de Nogueira
falando sem sentido
dixérom que aquilo
só se arranjava a tiros.
Enviárom umha carta
para que coidara os seus filhos
que o dia da festa
os iam fazer anaquinhos.
Engadiam na carta
com orgulho e menosprezo
que com as tripas dos seus filhos
iam encher um cesto.
O americano
botando mao da pistola
atrás dum tiro outro tiro
e a quatro deixou mortos.
Média hora durou o fogo
ficando só o americano
berrava se havia algum de Nogueira
que fosse morrer alá.
Na província de Lugo
no partido de Chantada
celebrou-se umha festa
que se converteu em batalha.
Aqui remata o relato
desta desgraçada história
a todos os que morrérom
deus os tenha na sua puta glória.
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4. |
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Canción para cantar todos os dias
Hai que defender o idioma como seja:
com raiva com furor, a metralhaços.
Hai que defender a fala em luita reja
com tanques, avions e a punhetaços.
Hai que ser duros, peleons, intrasigentes
cos que tenhem vocaçom de senhoritos,
cos porcos desertores repelentes,
cos cabras, cos castrons e cos cabritos.
Temos que pelejar cos renegados,
cos que tentam borrar a nossa fala.
Temos que luitar cos desleigados
que desejam matá-la e enterrá-la.
Seríamos, sem fala, uns ninguém,
umhas cantas galinhas desprumadas.
Os nossos inimigos sabem bem
que as palavras vencem às espadas.
O idioma somos nós, povo comum,
vencelho que nos jungue e tem em pé,
herança secular de cada um,
fogar em que arde acesa a nossa fé.
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5. |
05 Opus Dei
04:11
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Opus Dei
Um sambenito vam-nos a colgar
os da instituiçom inquisitorial.
Muxicas, faíscas, fumo e luminária
gran produto da sua intolerância.
Obra de 'dios'
obra dos collós.
Santo Oficio ministério de Satám,
Opus Dei deixa a gente sem um cam
desde Torquemada a Rouco Varela
dous mil anos queimando cristiáns.
Obra de 'diós'
obra dos collós.
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6. |
06 Salmo 2009
03:26
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Salmo 2009
No princípio era a palavra.
E a palavra fixo-se carne,
carne branca, carne preta;
e os povos habitárom a terra.
No princípio era a palavra.
E a palavra fixo-se guerra,
arma branca, morte preta;
e os estados sujárom o planeta.
Israel! Israel! Israel!
Aonde vam teus filhos Iavhé?!
No princípio era a palavra.
E a palavra fixo-se pedra,
verba escrava de papéis numerados;
e os povos caírom sob os estados.
No princípio era a inocência.
E a inocência fixo-se ódio.
O ódio passou, coma em Egito,
de geraçom para geraçom.
Israel! Israel! Israel!
Aonde vam teus filhos Iavhé?!
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7. |
07 O piloto
03:21
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Cantiga d'escarnho
Letra: Afonso Eanes do Cotom. Música: Liviao de Marrao
Bem me cuidei eu, Maria Garcia,
en outro dia, quando vos fodi,
que me non partiss'eu de vós assi
como me parti já, mão vazia,
vel por serviço muito que vos fiz;
que me non destes, como x'homen diz,
sequer un soldo que ceass'un dia.
Mais desta seerei eu escarmentado
de nunca foder ja outra tal molher,
se m'ant'algo na mão non poser,
ca non hei por que foda endoado;
e vós, se assi queredes foder,
sabedes como: ide-o fazer,
com quen teverdes vistid'e calçado.
Ca me non vestides nen me calçades
nen ar sej'eu eno vosso casal,
nen havedes sobre min poder tal
por que vos foda, se non me pagades;
ante mui bem e máis vos én direi;
nulho medo, grado a Deus e a el-Rei,
non hei de força que me vos façades.
E, mia dona, quen pregunta non erra;
e vós, por Deus, mandade preguntar
polos naturaes deste logar
se foderam nunca en paz nen en guerra,
ergo se foi por alg'ou por amor.
Id'adubar vossa prol, ai, senhor,
c'havedes, grad'a Deus, renda na terra.
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8. |
08 Cantiga de escarnho
05:42
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9. |
09 Galiza Cunilingüe
02:11
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Galiza cunilingüe
A Santiago vou
de Santiago venho
com os mecos da língua
como um criminal.
Oito de fevereiro
circo estrafalário
oito de fevereiro
cérebros de palheiro.
Galicia bilingüe
Galiza cunilingüe! (bis)
Liberdade de mercado
umha razom de estado,
liberdade para falar
liberdade para matar.
Mira quantos fascistas
apoiando o etnocídio
com as inflamas libertárias
dos ódios espanholistas.
Galicia bilingüe
Galiza cunilingüe! (bis)
A Santiago vou
de Santiago venho
com os mecos da língua
como um criminal.
A Santiago vou
de Santiago venho
com a Espanha repressora
a golpe de porra.
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10. |
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Galiza quere (sobres em B)
Feijoo di que Galiza quer Partido Popular, mas nós sabemos que o que realmente Galiza quer é poder copular.
Galiza quere
poder copular!
Galiza quere
poder copular!
Galiza quere
bailar ska!
Agora que vem o boi de Rajoy se acabó la diversión, sobres em B para todos e abride um bocoi; Galiza quere poder alcolizar!
Galiza quere
poder alcolizar!
Galiza quere
poder alcolizar!
Galiza quere
bailar ska!
FMI, BCE, PSOE, PP, todo junto a mesma merda é; seguimos em pé com o licor café!
Galiza quere
poder gomitar!
Galiza quere
poder gomitar!
Galiza quere
puagggggg!
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11. |
Castanhaço Rock
04:29
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Castanhaço-rock
Polo mês das castanhas
algo passa em Chantada
terra brava, terra brava!
Acordes, bateria, rock&roll,
Castanhaço! Castanhaço-rock!
Polo mês do magusto
algo passa na vila
terrra brava! Terra brava!
Mocidade, barafunda, rock bravú
Castanhaço! Castanhaço-rock!
Polo mês de defuntos
hai que armá-la em Chantada;
Terra brava, terra brava!
Munheiras, bandeiras e litronas;
rock sem capar, rock sem capar
Castanhaço-rock!
Chantada, Chantada, Chantada terra brava!
Chantada, Chantada, Chantada terra brava!
Trinta mortos à machada! (bis)
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Liviao de Marrao Galicia, Spain
Nas nosas cancións intentamos mesturar a raiba da protesta perante as inxustizas co humor propio dos oprimidos, a retranca. Dende a Serra do Faro, Gora o punteiro en FA e gora Liviao de Marrao: matanza eta filloak!
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