We’ve updated our Terms of Use to reflect our new entity name and address. You can review the changes here.
We’ve updated our Terms of Use. You can review the changes here.

MATAN​Ç​A ETA FILHOAK​!​!

by Liviao de Marrao

/
  • Compact Disc (CD) + Digital Album

    Disco + digipack + librillo

    Includes unlimited streaming of MATANÇA ETA FILHOAK!! via the free Bandcamp app, plus high-quality download in MP3, FLAC and more.
    ships out within 3 days
    Purchasable with gift card

      €10 EUR

     

1.
Rock Liviao Já vam apagando-se as estrelas no fundo do poço do sentimento, e caminho aldraxado entre elas sonhando sempre, a cada momento, mas, dói-me o alento de lembrar a vermelha inqueda paixom diste meu liviao de marrao. A que sabiam os teus beijos na alcova dos ventrículos mortos e esganados polo amor? Deixemos ti e mais eu outra volta que se perdam os nossos cabelos entre tremosas maos e que o tacto da suor nos leve cara lenes sussurros, pois na alvorada dos sentimentos ainda estamos a tempo de ouvir as antigas fervenças do amor e voltar loitar polos velhos tempos. Diste meu liviao de marrao!
2.
02 Garabatos 04:36
Garabatos Estacas com arume e pinhas mexem-se na corda do vento num invernal baile de salom vienês. Pinheiros. Vara verde estrapolada das montanhas aos bacelos, fungueiros e estadulhos sempre vivos. Guizos. Garabatos. Verde. Verde esperança. Corpo. Corpo cansado. Cabeça. Cabeça quadrada. E o que sinto, penso e creio som, para a maioria, garabatos. Bailemos um vals, ou dous se som pequenos e plantemos um pinheiro na horta da tribo urbana dos engravatados “pollitos bien”. O leite, as vacas, os rios e o sol os gandeiros e as leiras para ti senhor. Senhor banco benefactor, senhor Estado espanhol dador de vida centralismo todopoderoso e com isto da movida re-movida hai-che muito PePé yes-yes; aqui nom passa nada, a liga esta ganada. Baby Espanha sayonara, sayonara! Wellcome to Galiza dumping, Prestige e marihuana! Garabatos, grabatos, hai-che muitos maragatos; eucaliptos, eucaliptos, som-che muitos eucaliptos; o sacho para os pobres, os quartos para os ricos. Welcome to Galiza dumping, Prestige e marihuana!
3.
Narco-Corrido ribeirao Na província de Lugo no partido de Chantada celebrou-se umha festa que se converteu em batalha. Havia um americano que era do Ervedeiro e a todos aconselhava que deviam fazer paz. Uns moços de Nogueira falando sem sentido dixérom que aquilo só se arranjava a tiros. Enviárom umha carta para que coidara os seus filhos que o dia da festa os iam fazer anaquinhos. Engadiam na carta com orgulho e menosprezo que com as tripas dos seus filhos iam encher um cesto. O americano botando mao da pistola atrás dum tiro outro tiro e a quatro deixou mortos. Média hora durou o fogo ficando só o americano berrava se havia algum de Nogueira que fosse morrer alá. Na província de Lugo no partido de Chantada celebrou-se umha festa que se converteu em batalha. Aqui remata o relato desta desgraçada história a todos os que morrérom deus os tenha na sua puta glória.
4.
Canción para cantar todos os dias Hai que defender o idioma como seja: com raiva com furor, a metralhaços. Hai que defender a fala em luita reja com tanques, avions e a punhetaços. Hai que ser duros, peleons, intrasigentes cos que tenhem vocaçom de senhoritos, cos porcos desertores repelentes, cos cabras, cos castrons e cos cabritos. Temos que pelejar cos renegados, cos que tentam borrar a nossa fala. Temos que luitar cos desleigados que desejam matá-la e enterrá-la. Seríamos, sem fala, uns ninguém, umhas cantas galinhas desprumadas. Os nossos inimigos sabem bem que as palavras vencem às espadas. O idioma somos nós, povo comum, vencelho que nos jungue e tem em pé, herança secular de cada um, fogar em que arde acesa a nossa fé.
5.
05 Opus Dei 04:11
Opus Dei Um sambenito vam-nos a colgar os da instituiçom inquisitorial. Muxicas, faíscas, fumo e luminária gran produto da sua intolerância. Obra de 'dios' obra dos collós. Santo Oficio ministério de Satám, Opus Dei deixa a gente sem um cam desde Torquemada a Rouco Varela dous mil anos queimando cristiáns. Obra de 'diós' obra dos collós.
6.
Salmo 2009 No princípio era a palavra. E a palavra fixo-se carne, carne branca, carne preta; e os povos habitárom a terra. No princípio era a palavra. E a palavra fixo-se guerra, arma branca, morte preta; e os estados sujárom o planeta. Israel! Israel! Israel! Aonde vam teus filhos Iavhé?! No princípio era a palavra. E a palavra fixo-se pedra, verba escrava de papéis numerados; e os povos caírom sob os estados. No princípio era a inocência. E a inocência fixo-se ódio. O ódio passou, coma em Egito, de geraçom para geraçom. Israel! Israel! Israel! Aonde vam teus filhos Iavhé?!
7.
07 O piloto 03:21
Cantiga d'escarnho Letra: Afonso Eanes do Cotom. Música: Liviao de Marrao Bem me cuidei eu, Maria Garcia, en outro dia, quando vos fodi, que me non partiss'eu de vós assi como me parti já, mão vazia, vel por serviço muito que vos fiz; que me non destes, como x'homen diz, sequer un soldo que ceass'un dia. Mais desta seerei eu escarmentado de nunca foder ja outra tal molher, se m'ant'algo na mão non poser, ca non hei por que foda endoado; e vós, se assi queredes foder, sabedes como: ide-o fazer, com quen teverdes vistid'e calçado. Ca me non vestides nen me calçades nen ar sej'eu eno vosso casal, nen havedes sobre min poder tal por que vos foda, se non me pagades; ante mui bem e máis vos én direi; nulho medo, grado a Deus e a el-Rei, non hei de força que me vos façades. E, mia dona, quen pregunta non erra; e vós, por Deus, mandade preguntar polos naturaes deste logar se foderam nunca en paz nen en guerra, ergo se foi por alg'ou por amor. Id'adubar vossa prol, ai, senhor, c'havedes, grad'a Deus, renda na terra.
8.
9.
Galiza cunilingüe A Santiago vou de Santiago venho com os mecos da língua como um criminal. Oito de fevereiro circo estrafalário oito de fevereiro cérebros de palheiro. Galicia bilingüe Galiza cunilingüe! (bis) Liberdade de mercado umha razom de estado, liberdade para falar liberdade para matar. Mira quantos fascistas apoiando o etnocídio com as inflamas libertárias dos ódios espanholistas. Galicia bilingüe Galiza cunilingüe! (bis) A Santiago vou de Santiago venho com os mecos da língua como um criminal. A Santiago vou de Santiago venho com a Espanha repressora a golpe de porra.
10.
Galiza quere (sobres em B) Feijoo di que Galiza quer Partido Popular, mas nós sabemos que o que realmente Galiza quer é poder copular. Galiza quere poder copular! Galiza quere poder copular! Galiza quere bailar ska! Agora que vem o boi de Rajoy se acabó la diversión, sobres em B para todos e abride um bocoi; Galiza quere poder alcolizar! Galiza quere poder alcolizar! Galiza quere poder alcolizar! Galiza quere bailar ska! FMI, BCE, PSOE, PP, todo junto a mesma merda é; seguimos em pé com o licor café! Galiza quere poder gomitar! Galiza quere poder gomitar! Galiza quere puagggggg!
11.
Castanhaço-rock Polo mês das castanhas algo passa em Chantada terra brava, terra brava! Acordes, bateria, rock&roll, Castanhaço! Castanhaço-rock! Polo mês do magusto algo passa na vila terrra brava! Terra brava! Mocidade, barafunda, rock bravú Castanhaço! Castanhaço-rock! Polo mês de defuntos hai que armá-la em Chantada; Terra brava, terra brava! Munheiras, bandeiras e litronas; rock sem capar, rock sem capar Castanhaço-rock! Chantada, Chantada, Chantada terra brava! Chantada, Chantada, Chantada terra brava! Trinta mortos à machada! (bis)

about

Ergueito como o pino que as outas nubes fende,
os brazos sarmentosos so bardo aos ceos tende.
E escóitase na noite solene resoar
a súa voz bruante, sonora como o mar.

Ramón Cabanillas: Na noite estrelecida.

Liviao de Marrao. Coradas de cocho. Pulmão de porco. O cheiro da carne sem castrar. O cheiro das arelas, do monte, do estadulho e do autêntico. O arrecendo duma geração. O aroma da liberdade comesta pelos papéis numerados. Liviao de Marrao 9 rapazes que expressam ainda no meio do obscuro lírica cheia de retranca na homenagem aos dom Celidónios pós-modernos.

Liviao para escrever com Garabatos as ausências e faltas duma geração que ainda não demonstrou nada. A bateria de acenos e força de Marcos Fernández Varela. Rock Liviao para ceivar laios descarnados na memória dos devanceiros como O Piloto, onde toca o requiem da trompete de Luís Miguel Crepo Caride. A guitarra que nunca pára de ranger de Xurxo Novoa Salgado. Porque Chantada é tão grande como o mundo que nós podemos imaginar a ritmo de Narco-corrido ribeirao com os requintes da gaita de Jorge Pérez Árias. Este Matança eta filhoak é a Canção para cantar todos os dias, a harmonia do violino de Héctor Rodríguez Vidal acompanha com afoiteza a dignidade do bravú.

Matança eta filhoak é o primeiro, o primogénito da força com que pedimos auxílio desde a ruínas da Galiza esquecida e muribunda. É a máxima síntese a que chegamos após pensar sobre as contradições da nossa geração. O universo escuta em silêncio reverencial um solo de Chema Blanco López num souto e no fundo do val, desde uma carvalheira, retruca o saxo tenor de Vítor Fernández Caseiro.

Opus Dei. Os ídolos de papel criados para roubar o direito a inventar a nossa própria conceção do mundo, a língua furtada prostituindo as palavras como numa Cantiga d'escarnho para a mocidade galega puxada à emigração para que o galego volte a ser um povo bíblico. Já se sente pelo baixo Adrián Levices Casal na noite estrelecida.

Emerge rouca e fera a voz do Antom Fente Parada neste Salmo desde Viana ao céu deixando nos tesos cumes do Faro o facho do porvir. Galiza quere vida, quer esperança, quer mocidade e quer futuro. Galiza não é a Galiza cuninlingüe dum calibanismo impostado pelos rendistas pollitos bien. Lírica intitulada pós-neo-bravú, com retranca, porque nós também estamos aqui, nós também vivemos e lemos o presente como história.

Estes onze temas são a nossa homenagem a quem aposta pela música galega. A centos de moças e moços que partem o lombo cada ano para manter festivais sem ânimo de lucro como o Castanhaço-rock. Desde a Serra do Faro, gora o ponteiro em FA e gora Liviao de Marrao, Matança eta filhoak!

credits

released October 7, 2013

A nossos pais e famílias por aturar-nos tantos anos. A Jorge e Estrella por não denunciar os okupas que têm no cortelho. Aos vizinhos da Lagoa por aturar-nos. A Alfredo e a Chantada Films por fazer-nos um vídeo clip irrepetível, de Óscar. A Richi dos Rastreros por estar sempre disposto. A Feijoo e Dorado que nos vão prestar o iate para dar-lhe um concerto aos colombianos. A Vituco Neira pela sua difusão da música galega em Planeta Furancho, por dar-nos espaço no programa e licores em Arins. A Bieto Barreira por gravar-nos a nossa primeira maqueta (À Machada) em Lalim. A Xoán Carlos da Barrela, catedrático da gaita. A Fraga por deixar-nos. A Moncho por remeger a mesa de misturas nos concertos. Às nossas moças e amantes. A Jon, Jon Art Studio, por fazer o marrão, o desenho do disco, das camisolas, dos autocolantes e mais dos cartazes... Ao rei João Carlos, por evitar pragas de elefantes em África e ser o maior patrocinador da II República galega. A Segundo Navaza por imortalizar-nos em megapíxeles. A Alex da Mogay, por emprestar-nos os altifalantes e a Juan de Óscar da Golada. A Molina, José Antonio Mazaira, acordeonista e experto em narco-corridos e rancheras. A Radiomúsica en Galego por difundir a nossa cultura (e por contar sempre com nós!). A associação cultural O Castanhaço em espcial a: Ibán Gómez Vázquez, o nosso Caneda; ao nosso druída Xavier Viana, antropólogo da queimada, fazedor de conjuros e sempre disposto a colaborar. A Rajoy, pig brother. A tenda do Levices, porque isso si que é unha furgalha. O pub Besto Bravo por desvirgar-nos no garito; a Toño Vázquez da Rádio Galega por produzir este disco. A Rubén de KAOrecords por gravar-nos o “Narco-corrido ribeirao”. A Odmin, o mais cocho de todos.

Inma Castro, “Macuzinha”. Patricia Cadahía, a nosa fotógrafa oficial. Alba Mazaira. Patricia e o seu garabanço não nato. Mar... Alejandro Antonio, o nosso cura-pároco. A Germán dos Garlic Dolls por contagiar esse entusiasmo. Héctor López Caseiro. Nieves Pérez Árias. Chema de Vigo. Ao Manix pelas empanadilhas. A Isaac Viana, rei do grunge. A Rafael Lobelle, fundador da nova Academia de Platão. A Rebeca Sobrado, do vale de Camba. Daniel e Samuel Novoa, siareiros junior. Manuel Vázquez, Soriz, Pichi e todos os que nunca faltam nos nossos concertos. Sinaí Expósito. Willy. Lorena. Evelyn. Lucas. Nerea. María. Martín. Elena. Leire. Lagos. David. As sicilianas Eva, Ana, Cris e Sandra e, sobretudo, Sarela do clan Ouro. José Ángel Rodríguez. Carvalhude, Almudaina, questo Guei e demais personalidades importantes do 3ºD. A todas as persoas que nos axudaron, facilitaron e contribuíron para o que o noso video-clip se tornase unha realidade. A Fundação Manuel María. À mãe que pariu o que inventou o rock & roll. Abraço fundo para todas e todos os que sonham.

A todas e todos os que desde o primeiro momento nos apoiastes e acreditastes no coletivo Liviao de Marrao. A vós e para vós; os que mercando este disco fazeis possível que venham outros, os que com o vosso apoio no concurso Novo Son tornastes possível este Matança eta filhoak. Desde a serra do Faro gora o ponteiro em fa e gora Liviao de Marrao, matança eta filhoak!


Coda

Este disco gravou-se entre Kao Records em Cela Nova, aonde fomos gravar o “Narco-corrido ribeirao” no mês de fevereiro de 2013; e a Rádio Galega, aonde fomos gravar nos meses de março e abril de 2013 graças ao prémio do público e do telefone que recebemos no concurso Novo Son em 2012. Masterizado por Toño Vázquez em maio de 2013 na Radio Galega. Dizem que se remou nalgum laboratório clandestino da Serra do Faro, onde o comando Chantada tem a sua base de operações entre augardente e vinilos. Desde então nada se sabe dos 9 porcos-bravos da Masseira Redonda... até que os tempos sejam chegados #DETEFABULANARRATUR.

NIHIL OBSTAT.

license

tags

about

Liviao de Marrao Galicia, Spain

Nas nosas cancións intentamos mesturar a raiba da protesta perante as inxustizas co humor propio dos oprimidos, a retranca. Dende a Serra do Faro, Gora o punteiro en FA e gora Liviao de Marrao: matanza eta filloak!

contact / help

Contact Liviao de Marrao

Streaming and
Download help

Report this album or account

If you like Liviao de Marrao, you may also like: